terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Reflexão final



Percorremos uma jornada de dois semestres de estudos, reflexões, produções. 
Refletimos sobre os agrupamentos e sobre o trabalho com gêneros literários em sala de aula.
Discutimos sobre a importância dos jogos e do brincar. Aprendemos muito sobre planejamento do trabalho e sobre avaliação.
Conversamos sobre a necessidade de trabalhar a linguagem oral em sala e , pessoalmente, percebi o quanto meu conceito de trabalho com a oralidade estava equivocado. Para mim, o trabalho com oralidade resumia-se em leitura em voz alta ou roda da novidade. Como não percebi antes, que a linguagem oral, fundamental no cotidiano de qualquer sociedade precisa ser trabalhada em atividades sistematizadas e com o objetivo de desenvolver habilidades específicas???
Estudamos muito sobre projetos didáticos, sequências de atividades. Elaboramos nosso próprio projeto e vimos que é uma estratégia muito viável. Retomamos e aprofundamos nossas reflexões sobre as fases de aquisição da escrita, exercitamos a análise e escolha da melhor atividade para cada uma das fases dos alunos com o objetivo de auxiliá-lo em seu processo de alfabetização.
Ah! Claro!!! Depois que o aluno compreendeu o sistema alfabético: o que fazer, não é mesmo??? Os desafios continuam...Para isso, vimos maneiras de trabalhar ortografia e tantos outros temas delicados  referentes à educação.
Durante todo o curso brincamos dizendo que o nosso grupo era "o melhor grupo" de formação. E de fato foi.
Recebemos formação consistente e visivelmente percebemos nosso crescimento enquanto profissionais.
Como profissional, finalizei o ano com mais ousadia, contemplando mais o processo de desenvolvimento dos meus alunos, ou melhor, os 20 processos diferentes de desenvolvimento de cada aluno. Vejo-me menos ansiosa em relação aos conteúdos e mais segura em relação à mediação desses processos. Nesse ano, aprendi com o grupo de alunos e para o grupo. 
Percebemos nosso crescimento enquanto grupo de trabalho: as últimas trocas de experiências em grupo, cheias de calor, de espírito colaborativo nada se parecem com as primeiras, frias, distantes, que tinham apenas um vínculo frágil de cumprir uma tarefa proposta. 
E o nossos bonequinhos, nus e inexpressivos do primeiro encontro, retornaram ao último dia com suas vestimentas (algumas cheias de glamour), com suas marcas, com suas cicatrizes. Alguns deles cresceram fisicamente, como nós crescemos também.
O meu boneco, refletindo minha trajetória, ganhou expressão e ferramentas.
Na carreira docente, quanto mais ferramentas melhor. Trabalhamos tentando melhorar a vida enquanto ela acontece. Nosso foco de trabalho não é estático, nem constante, nem previsível. Um professor pode se queixar de vários aspectos do seu trabalho, mas jamais poderá reclamar da rotina. Um dia NUNCA é igual ao outro. Nesse contexto, o conhecimento é o nosso norte e o nosso ponto de segurança, dentro dessa loucura apaixonante que é o exercício da docência.




Um comentário:

  1. Cibele, querida professora!
    Foi um prazer participar do curso com você!
    Suas reflexões nesse blog foram intensas e tão lindas! Você escreve com tanta propriedade sobre seu trabalho!!!
    Você investiu tanto na organização de sua turma em 2013... quanta aprendizagem!!!
    Parabéns pelo trabalho...
    Desejo que continue sua caminhada com tanta intensidade e dedicação!
    Abraços

    *à espera de convites para os cafés...

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