A criança parece naturalmente favorável à situação de jogo. basta falar em jogar que já observamos um brilho diferente no olhar. O mesmo se aplica à minha sala: eles adoram! Adoram jogar, adoram brincar e envolvem-se por inteiro nesse tipo de atividade.
Utilizo com certa frequência os jogos de alfabetização na minha sala, com diferentes propósitos: algumas vezes com intervenção, outras vezes deixo que alguns grupos brinquem livremente, construam novas regras, explorem livremente o material.
Parece-me que alguns alunos, após a vivência com jogos, demonstram realmente ampliar seu conhecimento sobre o sistema de escrita. Ao propor uma atividade mais sistematizada após o trabalho com jogos pude verificar tal fato: a impressão que tenho é que a criança mostra um desempenho melhor ou até mesmo avançam em suas hipóteses sobre a escrita, nas atividades propostas após o jogo.
Ao criar situações com os jogos na sala de aula, observei que os grupos que apresentam menos autonomia em relação à leitura e escrita, demonstram o mesmo comportamento na hora de escolher os jogos: preferem um mediador para escolher um jogo, ensinar a jogar e acompanhar as relações no grupo. Ao explorarem livremente a caixa, brincam com as peças, sem tentar atribuir a função específica que cabe ao jogo.
Ao contrário, os grupos que demonstram mais autonomia em relação à escrita: escolhem os próprios jogos, retomam as regras ou criam regras novas. Envolvem-se na situação de jogo com maior autonomia.
Entendo o trabalho com jogos como uma estratégia rica em temos de produção de conhecimento, uma vez que, nesses momentos, as crianças vão além da competitividade e trocam conhecimentos sobre leitura e escrita, favorecendo aqueles que estão em fases mais iniciais da alfabetização. Nessa interação, atingem o propósito central dos jogos que compõem a caixa: refletir sobre o sistema de escrita, indo além nesse processo e de socializando hipóteses e conhecimentos consolidados.
O jogos pedagógicos são excelentes para o envolvimento da turma e também para a aprendizagem... e é uma delícia quando a organização prevalece e o prazer pela atividade flui com naturalidade...
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